O Brasil está vendo um novo sinal de alerta piscar com força: a inadimplência voltou a crescer e já afeta milhões de famílias. Mas o que está por trás desse aumento acelerado das dívidas? Neste artigo, você vai entender os verdadeiros motores do endividamento — como os juros altos, a perda do poder de compra e a falta de planejamento financeiro. Vamos analisar como essa onda afeta diretamente o mercado imobiliário, o crédito bancário e a economia como um todo. Também abordamos o que dizem os especialistas, quais são os setores mais vulneráveis e o que pode acontecer se esse cenário continuar nos próximos meses. Quer saber como a inadimplência pode afetar seu negócio ou seus investimentos? Então leia até o fim — porque a crise já começou, mas ainda há tempo para agir estrategicamente.
- A inadimplência no Brasil cresceu, com 71,28 milhões de consumidores negativados.
- O aumento anual de inadimplentes foi de 7,73% em comparação com 2024.
- A faixa etária mais afetada é de 30 a 39 anos, com 51,91% negativados.
- O montante médio das dívidas por inadimplente subiu para R$ 4.786,83.
- O setor bancário é o maior responsável pelas dívidas em atraso, com 66,89% do total.

Crescimento da Inadimplência no Brasil: Um Olhar Aprofundado
A Realidade Atual da Inadimplência
Um estudo da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) revela que a inadimplência no Brasil continua a aumentar. Em junho, o país contabilizou 71,28 milhões de consumidores com restrições, o que equivale a 42,89% da população adulta. Essa situação é alarmante, com um crescimento de 7,73% em relação ao mesmo período do ano anterior.
A análise mensal aponta um aumento de 0,93% no número de devedores de maio para junho de 2025, superando o crescimento de 0,78% observado entre abril e maio. Esses dados indicam que a quantidade de pessoas enfrentando dificuldades financeiras está se expandindo significativamente.
Perspectivas de Especialistas
José César da Costa, presidente da CNDL, expressa preocupação com os altos níveis de inadimplência. Apesar de alguns indicadores econômicos mostrarem sinais de melhora, isso ainda não se reflete em alívio real para as finanças das famílias brasileiras. A inflação, que impacta diretamente o custo de vida, juntamente com as altas taxas de juros e um ambiente econômico desafiador, continua a empurrar milhões de pessoas para a lista de negativados.
Ele enfatiza a necessidade urgente de implementar medidas estruturais que possam interromper esse ciclo de inadimplência e oferecer suporte robusto à população. A situação atual exige uma resposta eficaz para ajudar aqueles que lutam para equilibrar suas finanças.
O Perfil dos Inadimplentes
O estudo revela que o aumento de 7,73% no número de devedores está concentrado em pessoas inadimplentes há entre três e quatro anos, apresentando uma variação de 46,54%. O tempo médio de atraso das dívidas no Brasil é de 28,1 meses, um leve aumento em comparação aos 27,9 meses registrados em maio.
Distribuição por Idade
A pesquisa destaca que o grupo etário mais afetado pela inadimplência é o de 30 a 39 anos, representando 23,70% do total de devedores. Esse grupo concentra cerca de 17,62 milhões de pessoas negativadas, significando que mais da metade, ou seja, 51,91%, dos brasileiros nessa faixa etária estão com restrições. A distribuição por sexo é equilibrada, com 51,15% de mulheres e 48,85% de homens entre os devedores, mantendo uma idade média de 44,8 anos.
Dívidas e Valores Médios
Em junho, cada consumidor inadimplente tinha uma média de dívida de R$ 4.786,83, um aumento em relação aos R$ 4.743,23 registrados em maio. Além disso, cada devedor possuía, em média, dívidas com 2,21 empresas credoras, mostrando um pequeno aumento em relação às 2,20 empresas do mês anterior.
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Crescimento das Dívidas em Atraso
O número de dívidas em atraso no Brasil apresentou um crescimento expressivo em junho, com um aumento de 12,82% em comparação ao mesmo período de 2024. Esse crescimento é superior ao de 11,15% observado em maio, indicando uma deterioração significativa na capacidade de pagamento dos brasileiros. Na comparação mensal, o número de dívidas em atraso subiu 1,44% de maio para junho.
Setores Credores em Destaque
Ao analisar a evolução das dívidas por setor, o segmento bancário se destacou com o maior crescimento no número de dívidas em atraso, apresentando um aumento de 16,51% em comparação anual. Esse crescimento é mais acentuado do que o de 14,37% registrado em maio. Os setores de Água e Luz também mostraram crescimento, com um aumento de 6,44%. Por outro lado, as dívidas com os setores de Comunicação e Comércio apresentaram leve queda, com variações de -1,23% e -0,22%, respectivamente.
Em termos de participação no total de dívidas, o setor bancário continua a concentrar a maior fatia, com 66,89% do total. O setor de Água e Luz aparece em segundo lugar com 10,00%, seguido pelo Comércio com 9,40% e Outros com 8,18%.
Análise Regional da Inadimplência
A análise da inadimplência de pessoas físicas revela disparidades significativas entre as regiões do Brasil. Em junho, a região Centro-Oeste apresentou o maior aumento no número de inadimplentes em comparação anual, com um crescimento de 9,78%, superando o já elevado índice de 8,19% registrado em maio. Outras regiões também mostraram aumentos anuais consideráveis:
- Sul: 8,03%
- Norte: 6,12%
- Sudeste: 5,93%
- Nordeste: 5,61%
No fim das contas…
A inadimplência no Brasil é um tema que não pode ser ignorado. Com 71,28 milhões de consumidores negativados, o aumento de 7,73% em relação ao ano anterior é um sinal claro de que a situação financeira das famílias está se deteriorando. O perfil dos inadimplentes, especialmente na faixa etária de 30 a 39 anos, destaca a urgência de ações eficazes para mitigar esse problema. As dívidas médias, que já atingem R$ 4.786,83, e o crescimento alarmante no número de dívidas em atraso são indicadores de que a população enfrenta um verdadeiro desafio econômico.
Os especialistas alertam para a necessidade de medidas estruturais que possam oferecer suporte real às famílias, especialmente em um cenário onde o setor bancário é o maior responsável pelas dívidas. As disparidades regionais reforçam a complexidade do problema, exigindo uma abordagem mais personalizada e eficaz.
Diante de uma realidade tão preocupante, é fundamental que tanto a sociedade quanto os gestores públicos se unam para buscar soluções que possam reverter esse quadro. O futuro financeiro do Brasil depende de ações concretas e do engajamento de todos. Para mais insights sobre este e outros temas, convidamos o leitor a explorar mais artigos em Realty Insights.
Prof. Dr. Eduardo Bugallo
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